sexta-feira, 19 de julho de 2013

Radiohead - "Pyramid Song"

"There was nothing to fear and nothing to doubt"



Falemos hoje desse polémico e malfadado género literário: a crítica musical.
Começo por referir que não é isso que eu tento fazer no blog. Aqui proponho-me, conforme escrevi no post de inauguração deste espaço, "contar uma história ou alguns factos relacionados" com música, essencialmente música que eu gosto.

As críticas das revistas e restantes publicações de música estão sempre sujeitas a um enorme grau de subjectividade. Mas o que me salta à vista é que todas estas publicações fazem as suas reviews com base num determinado bias (perdoem-me o anglicanismo, mas é o mais acertado vocábulo para este preconceito), seja ele do próprio escritor, seja ele para agradar ao público da própria revista (em linguagem técnica: o target).

Experimentem, por exemplo, pôr um hipster a falar de um álbum com espectro mainstream, qualquer que seja (desde U2 a Bon Jovi), e perceberão que ele o rejeita à partida.
Numa publicação direccionada a este público, como a Pitchfork, já se sabe que os leitores não querem ler que um álbum comercial (um álbum que potencialmente venda mais que, digamos, 1 milhão de cópias) é excelente. Porque se é comercial, é sinal que muita gente gosta e os hipsters ouvem música tendo em conta a sua exclusividade.
É imbecil, eu sei, mas é assim que funciona.

Pensem quantas vezes ouviram o vosso amigo hipster tecer loas a uma determinada banda para, meses mais tarde, se essa banda entretanto se tornar popular, a desfazerem com a mesma vontade. Neste sentido, uma crítica da Pitchfork a um álbum comercial funciona apenas como um cardápio de motivos para "desmanchar" esse álbum.

Experimentem agora pôr um escritor desta publicação, a fazer uma crítica a um álbum dos Oasis. Já se sabe que vem lá borrasca. Os Oasis são o típico exemplo de uma banda indie rock que é recorrentemente visada pelos hipsters, por se terem tornado tão populares e por gostarem e se alimentarem dessa popularidade. Nada do que façam poderá algum dia ser valorizado.

No pólo oposto está uma banda da mesma época que os Oasis, mas que trabalha num registo bastante diferente: os Radiohead.
Se colocarem o mesmo escritor da Pitchfork a fazer uma crítica dos Radiohead, é possível que por menos inspirado que seja o álbum, ele ainda assim consiga ali ver ouro de 24 quilates. É o bias que falei há pouco.

Pegue-se no exemplo do último álbum "The King Of Limbs". Eu achei o álbum penoso. Achei que a musicalidade foi comprometida em virtude do experimentalismo "for the sake of it". Tem alguns bons momentos, mas é globalmente penoso.
Para pintar correctamente a minha opinião relativamente a este álbum, faço minhas as palavras de uma amiga:

"Eu ouvi o KOL uma vez e disse mesmo: "Epá não. Não fiz mal a ninguém para ter de ouvir isto novamente""

...e, no entanto, foi um álbum aclamado quase transversalmente pela crítica.  Enfim, talvez seja eu e seja ela, que não estejamos a ver bem as coisas.
Mas depois recordo-me de um episódio que assisti no dia em que o álbum foi lançado. No Facebook, um amigo meu escreveu o seguinte:

"Os Radiohead têm um novo álbum e ainda não ouvi, mas nem preciso, porque já sei que vai ser brilhante!"


"Ainda não ouvi e já sei que vai ser brilhante"?! A sério? Digam lá se isto não é uma forma diferente de contar a história da "Roupa Nova do Rei".
Conforme podem comprovar pelo fui escrevendo ao longo dos anos, eu sou o maior fã que podem conhecer dos Queen e nunca ouviriam uma coisa destas da minha parte.

O sentido crítico relativamente aos Radiohead, para algumas pessoas, críticos profissionais incluídos, desvaneceu.
Eu gosto muito dos Radiohead, não fiquem com a ideia errada. Eles são, de facto, brilhantes. Ao longo da sua carreira, conseguiram constantemente experimentar coisas novas, raramente perdendo a musicalidade.

Porém, os Radiohead têm algo que me "impede" de gostar ainda mais deles: os fãs.
Eu acho óptimo que a banda divague nas direcções que bem entender, mas não é por isso que tudo o que eles façam tenha que ser fantástico. Tenhamos calma e espírito crítico.

Um bom exemplo do experimentalismo virtuoso dos Radiohead, sem perder a musicalidade, foi a dupla pedrada no charco em 2000/2001 com os álbuns "Kid A" e "Amnesiac". Especialmente "Amnesiac", onde foram parar os temas mais melódicos das sessões de 1999/2000, como é o caso de "Pyramid Song" - um dos meus temas preferidos da banda.


Fazer crítica musical e espetar estes carimbos à música é algo que eu poderia fazer aqui no blog, mas prefiro evitá-lo. Dou a minha opinião, sim; mas prefiro falar de música que gosto, ou de artistas que gosto, mesmo que de alguns trabalhos menos bem conseguidos.
Prefiro destacar o lado positivo, porque é isso que gosto de retirar da música.
Acho que, para se fazer uma "crítica" fidedigna e imparcial, é preciso poder apreciar o artista. É preciso, no mínimo, ter a mente aberta para tal; não ter um preconceito à partida sobre ele.

É por isto que desprezo da mesma forma os fãs-cegos que idolatram tudo o que os seus artistas fétiche fazem, como aqueles que rejeitam à partida a música de alguém que é popular, porque esse alguém é popular. Ambos são ridículos na mesma medida.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Bruce Springsteen - "Badlands"

"You spend your life waiting for a moment that just won't come"



Por vezes, deparamo-nos com aquele tema que descreve minuciosamente, palavra por palavra, o nosso estado de alma.
Mais raras vezes, esse tema é cantado da mesma forma que a nossa alma liberta o sentimento estampado nessas palavras.


Há uma razão que explica a minha devoção à arte de Bruce Springsteen. Ele, como nenhum outro artista consegue fazer, condensa o meu estado de alma em música. Especialmente neste álbum - "Darkness On The Edge Of Town" - que em dias é um periscópio para as profundezas do meu sub-consciente.


Tudo o que tenho a dizer por hoje, confio-o ao Bruce. Palavra a palavra:
"Lights out tonight, trouble in the heartland
Got a head-on collision, smashin' in my guts, man
I'm caught in a crossfire, that I don't understand
But there's one thing I know for sure, girl
I don't give a damn for the same old played out scenes
I don't give a damn for just the in-betweens
Honey, I want the heart, I want the soul, I want control, right now
You better listen to me baby
Talk about a dream, try to make it real
You wake up in the night with a fear so real
You spend your life waiting for a moment that just won't come
Well don't waste your time waiting

BADLANDS, you gotta live it everyday
Let the broken hearts stand
As the price you've gotta pay
We'll keep pushin' till it's understood
and these badlands start treating us good

Workin' in the fields 'til you get your back burned
Workin' 'neath the wheel 'til you get your facts learned
Baby, I got my facts learned real good right now,
You better get it straight, darling,
Poor man wanna be rich, rich man wanna be king
And a king ain't satisfied 'til he rules everything
I wanna go out tonight, I wanna find out what I got

I believe in the love that you gave me
I believe in the faith that can save me
I believe in the hope and I pray
That some day it may raise me, above these...

BADLANDS, you gotta live it everyday
Let the broken hearts stand
As the price you've gotta pay
We'll keep pushin' till it's understood
and these badlands start treating us good

For the ones who had a notion, a notion deep inside
That it ain't no sin to be glad you're alive
I wanna find one face that ain't looking through me
I wanna find one place,
I wanna spit in the face of these...


BADLANDS, you gotta live it everyday
Let the broken hearts stand
As the price you've gotta pay
We'll keep pushin' till it's understood
and these badlands start treating us good"

quarta-feira, 17 de julho de 2013

David Bowie - "Beauty And The Beast"

Outubro de 1977.
Subúrbios de uma qualquer cidade americana. Digamos que Detroit.
Um rapaz de 22 anos - digamos que Mike - é nesta altura, um (resistente) fã convicto de David Bowie e chega a casa com o novo álbum do seu artista preferido. Mike tira o enorme disco de vinyl da enigmática capa verde, com grande expectativa.


Afinal de contas, ao longo dos meses que se antecederam, Mike defendera o seu artista preferido acerrimamente, perante o seu grupo de amigos. Todos eles foram, em tempos, enormes fãs de David Bowie, mas todos haviam perdido a fé no seu ídolo.  Todos menos Mike.
Corrijo: todos foram enormes fãs de Ziggy Stardust. Com a tenra e impressionável idade de 17 anos, em Outubro de 1972, o Mundo daqueles miúdos fora abanado pela chegada do extra-terrestre ao seu pequeno planeta suburbano. Pintaram o cabelo de vermelho, foram ver Bowie ao Fisher Theatre e saíram convertidos.

Poucos meses mais tarde, chegou Aladdin Sane - o expoente americano de Ziggy - e perante o novo trabalho de Bowie, o grupo de amigos fez-lhe juras de amor eterno. Público e artista estavam em sintonia. Mike e os amigos pintaram a cara como Aladdin e foram ver David Bowie Ziggy Stardust ao Masonic Temple, onde renovaram os votos de uma paixão que parecia ser para sempre. Bowie era um ídolo, uma referência, um símbolo de que nada era impossível.

Mas, como em muitas histórias de amor... Existe um "mas".
Com os anos, Bowie mudara. A sua música também. Em 1977, já muito pouco do que ligara Bowie ao grupo de amigos de Mike se mantinha na sua música e a gota de água fora o lançamento do álbum "Low", no início desse ano.

Todos recordavam vivamente aquele fatídico dia, em que se juntaram na casa de Mike para ouvir "Low" pela primeira vez e que acabou com uma gigantesca queimada de discos laranja no seu quintal.
Que raio era aquilo, afinal? Um álbum de electronica? Um lado integralmente instrumental?
Para o grupo, ouvir "Low" era como espetar unhas em mármore não polido. O artista que outrora veneravam já não estava em sintonia com eles.

Mas para Mike, com este novo álbum tudo seria diferente.
Depois da recepção difícil de "Low", a editora de Bowie - a RCA - fez uma promoção agressiva ao seu novo álbum:

"There's Old Wave. 
There's New Wave. 
And there's David Bowie."


""Heroes"" (as duplas aspas são propositadas) estava a ser bem recebido pela crítica. O Melody Maker e a NME teciam loas ao "regresso à grande forma" de David Bowie. Bom sinal. Mike estava mesmo convencido que tudo seria diferente.

E assim, Mike colocou ""Heroes"" no gira-discos. O que ouviu foi isto:


“Anyone who's playing "Beauty And The Beast"... You know they get erections.”
Robert Fripp, guitarrista convidado de David Bowie para o álbum ""Heroes""


O disco começa a tocar e mal sai aquele "weeeunnn" da guitarra de Robert Fripp - aquela primeira nota distorcida, erótica, perigosa - Mike estava outra vez com a cabeça a andar à roda.
"What the f...."
Gostava de estar presente no quarto de Mike neste momento. Ver a cavalgada de emoções a galope na sua cara: da desilusão, ao fascínio; da estupefacção, à euforia.
Não era isto que ele estava à espera. Ainda não era desta que David Bowie finalmente ressuscitava Ziggy Stardust... Mas foi desta que Mike teve a epifania que lhe permitiu perceber o seu artista preferido: Bowie nunca mais iria ressuscitar Ziggy.
E no fim de contas, Mike estava bem com isso. Afinal de contas, também ele crescera.

Daí em diante, ""Heroes"" seria o álbum preferido do Mike. Já os amigos, estes passariam a odiar Bowie e tudo o que de novo fez; compraram calças à boca de sino e foram ao cinema ver o "Saturday Night Fever". Nunca mais falaram ao Mike. E no fim de contas, Mike estava bem com isso.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Quim Barreiros - "Bacalhau à Portuguesa"‏

"Mariazinha deixa-me ir à cozinha p'ra cheirar teu bacalhau."




Contra a minha vontade, o blog tem nos últimos tempos conhecido um hiato prolongado, principalmente devido à comédia. Infelizmente, o tempo não estica e já não dá para vir aqui tantas vezes deixar as minhas dissertações musicais.
Mas hoje vamos regressar à música e assim passar a assuntos sérios. Vamos falar de Quim Barreiros.

"Teu bacalhau é mesmo uma beleza, és a portuguesa com teu prato especial"
A ascensão de Quim Barreiros ao mainstream foi feita na sequência do lançamento da colectânea “Disco D’Ouro” em 1991, a qual tinha sido impulsionada pelo mega-sucesso de “Bacalhau à Portuguesa”. "Bacalhau" é um tema cuja melodia é apoiada na matriz do Vira - estilo do folclore português característico do Minho.
Antes disso, Quim já contava com uma carreira de enorme longevidade, com várias décadas de actuações em bailes (Quim já tocava bateria nos anos 50!), com muitos quilómetros de estrada e uma discografia a solo cujo início já remontava a 1971.

Assim, o estrondoso sucesso do tema “Bacalhau à Portuguesa”, em 1991, foi o corolário de uma carreira já longa e que Quim dificilmente poderia prever que se estenderia até aos dias de hoje, volvidas duas décadas.

Curiosamente, este foi um sucesso fora de tempo para "Bacalhau à Portuguesa”, uma vez que tinha sido originalmente lançado em single em 1986, num Double A-Side com o tema “Riacho da Pedreira”.
O single teve um sucesso modesto na época e só com a sua inclusão na colectânea “Disco D’Ouro” é que alcançou a notoriedade que reconhecemos hoje, fazendo a carreira de Quim finalmente levantar voo.



A fórmula é simples e foi aperfeiçoada ao longo dos anos: pegar numa melodia facilmente reconhecível do folcore português, adicionar uma letra brejeira, normalmente com duplo sentido (aqui lanço o exemplo paradigmático do tema "Adolfo Dias"), et voilá, mais um sucesso de Quim Barreiros.

A partir daí, foram sucessos atrás de sucessos, com temas como “Mestre da Culinária”, “Garagem da Vizinha”, “A Cabritinha” ou, o meu preferido:  “O Sorveteiro (Chupa Teresa)”. Este tema é retirado do seu álbum de 1992 “O Sorveteiro”, lançado um ano depois do breakthrough de Quim, com o "Disco D'Ouro" e o já referido "Bacalhau à Portuguesa".
O que vos posso garantir é que se há um nome que nunca darei a uma filha minha, esse nome é Teresa. É fatal: sempre que conheço uma Teresa, este tema automaticamente dispara na minha cabeça. Obrigado Quim, por arruinares a relação com quaisquer Teresas que apareçam na minha vida.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Tears For Fears - "Secret World"

"You and I have a secret world and we can keep it unfurled"


Porque hoje estou especialmente bem disposto, trago-vos um pouco do meu álbum preferido dos "anos 00". Sim, arrisco logo à partida tal louco epíteto. Não digo que é "o melhor" (esse exercício é extremamente subjectivo e terá que ficar para outra altura), muito menos direi que é o mais inovador e ainda menos o mais influente; mas é definitivamente o meu preferido.

Porque são os Tears For Fears e porque todos gostamos de um final feliz.
"Everybody Loves A Happy Ending" é o título que assenta como uma luva ao álbum da reconciliação dos Tears For Fears. Foram precisos 10 anos para que os elementos do core dos TFF voltassem a falar. A separação que seguiu a digressão de "The Seeds Of Love" foi feia, complicada. Complicada como fora todo o processo de gestação deste álbum.
Em 2000, as burocracias relativas àquela que ainda era "a banda" de ambos levaram a que Curt Smith e Roland Orzabal restabelecessem contacto. Nesta altura, Curt já levava 10 anos de (uma modesta) carreira a solo e Roland já tinha deixado de trabalhar a solo debaixo do nome da banda, lançando no ano seguinte o seu único álbum em nome próprio: "Tomcats Screaming Outside".

O encontro de Curt e Roland em 2000 foi um momento estranho, desconfortável. Sob o repto de Orzabal, cujo agente sugerira ao de Smith a possibilidade de uma reunião, Curt voou para Bath (onde Roland ainda vivia e vive) e aí se reuniram para jantar. Foi um reencontro incómodo, como se de um casal divorciado se tratasse.
Em tempos idos, esse casal fora feliz e mais próximas estavam as memórias dos conflitos entre ambos. Mas 10 anos volvidos, já nem os ressabiamentos dos conflitos estavam presentes na sala. Apenas estava uma amálgama de memórias, algumas boas, outras más e estavam duas pessoas que juntas, chegaram a conquistar o Mundo.

Depois de 10 minutos de constrangimento, as histórias dos dias em que o Mundo era deles começaram a voar sobre a mesa e, como sempre deveria acontecer, a força da amizade atropelou o que restava dos ressentimentos. Curt e Roland decidiram gravar um novo álbum juntos e em menos de 6 meses já tinham 14 novos temas escritos.

O processo de gestação de "Happy Ending" foi mais suave que o de "Seeds", mas nem por isso foi remotamente fácil. O álbum foi terminado em 2003, quase 3 anos (!!!) depois do início das gravações, e tinha lançamento previsto para esse ano, mas a saída da banda da editora Arista começou um longo e penoso período de espera para os fãs (onde eu me incluía), que ansiavam pelo infame álbum de reunião dos TFF.


"Everybody Loves A Happy Ending" acabaria por ser lançado em 2004 nos EUA e apenas em 2005 na Europa, altura em que eu (finalmente) lhe pus as mãos. Lembro-me como se fosse hoje daquele início de tarde na Fnac do Colombo, depois de um qualquer exame na faculdade. As primeiras audições do álbum foram uma viagem de descoberta. Uma viagem num balão de ar quente (como no vídeo do 1º single "Closest Thing To Heaven"), às vezes de dia ("Call Me Mellow"), às vezes de noite ("The Devil") carregada de vivas e coloridas imagens ("Who Killed Tangerine?").

Todo o álbum é um exercício de catarse, à boa maneira dos Tears For Fears. É da dor que saem os seus melhores trabalhos. Foi assim que nasceram "The Hurting" e "Songs From The Big Chair" (os 2 primeiros álbuns), à custa da dolorosa infância de Curt e Roland; foi assim com "The Seeds Of Love", que levou 2 anos e mais 1 Milhão de libras para gravar; foi assim com "Raoul And The Kings Of Spain", quando Roland se debatia com a dificuldade de manobrar a pesada máquina dos TFF sozinho.
"Happy Ending" é um álbum diferente de todos os anteriores. Desta feita, da dor resulta um arco-íris. Um produto de redenção.

"Secret World" é um exemplo desta redenção. Para dar a "Secret World" o cariz épico que procuravam, os Tears For Fears foram buscar uma orquestra dirigida pelo lendário Paul Buckmaster, "o homem" dos arranjos orquestrais de Elton John.
"You and I have a secret world and we can keep it unfurled"
"Eu e tu temos um mundo secreto e podemos mantê-lo à vista de todos". Ou a história de duas pessoas que encontraram em si uma zona de conforto para continuar a mostrar ao mundo o seu mundo secreto. Ou a continuação da história de Curt Smith e Roland Orzabal.

Curt e Roland voltaram a gravar e esperam-se novidades para este ano. Felizmente, "o final feliz" de "Everybody Loves A Happy Ending" ainda não foi o final dos Tears For Fears.