"God is a concept by which we measure our pain"
A propósito do dia de hoje, mundialmente definido como o dia da celebração (comercial) do amor, deixo aqui a minha visão actual do fenómeno. É um desabafo que vai contra tudo aquilo que eu sempre defendi, tudo o que acredito, mas que reflecte o meu actual estado de espírito: a descrença. Espero que por pouco tempo.
Para tal, recordo "God" - o tema que John Lennon usou para negar todos os ídolos, heróis e messias da cultura popular (entre os quais, os The Beatles).
"I don't believe in magic
I don't believe in I-Ching
I don't believe in Bible
I don't believe in tarot
I don't believe in Hitler
I don't believe in Jesus
I don't believe in Kennedy
I don't believe in Buddha
I don't believe in mantra
I don't believe in Gita
I don't believe in yoga
I don't believe in kings
I don't believe in Elvis
I don't believe in Zimmerman
I don't believe in Beatles(demarco-me desta parte, a música, particularmente a música dos Beatles é das poucas coisas em que ainda acredito)
I just believe in meYoko and me(aqui acho que não preciso dizer nada)
...and that's reality
The dream is over"
"God" foi escrito para "Plastic Ono Band" - o álbum-catarse de John Lennon, o pote onde ele despejou todos os seus traumas, com temas como "Isolation", "Mother", "Working Class Hero", ou "My Mummy's Dead". É o primeiro e o grande álbum a solo de John e é de audição obrigatória.
Fim de desabafo.
Para aliviar, fiquem agora com "Woman", do álbum de despedida de John - "Double Fantasy".