"Tonaaaaaaaaaaaaaaaa-a-ait, I'm a rock n' roll staaaaar"
"I've pretty much summed up everything I wanted to say in "Rock 'n' Roll Star", "Live Forever" and "Cigarettes & Alcohol", after that I'm repeating myself".
Noel Gallagher
Hoje vou contar a história de um rapaz. Era uma vez um rapaz que, sem o querer, entrava na adolescência. Contudo, não sabia bem lidar com isso; não estava preparado para todas aquelas mudanças. E assim vivia no medo: num medo pueril de não ser fixe; medo de não ser aceite por aquilo que era; medo de que as miúdas não gostassem dele.
Esse rapaz era diferente dos outros. Enquanto os outros se esforçavam para ser iguais aos demais e crescer o mais rapidamente possível, ele não se importava muito com isso. Enquanto os outros ouviam as merdas techno que lhes era impostas pelos idiotas que se achavam rebeldes (mas eram apenas idiotas), ele ouvia a música do seu Pai. Era disso que ele gostava, era isso que o fazia sentir bem, protegido.
Nada do que os amigos lhe garantiam ser buédafixe fazia sentido, nada ressoava na sua cabeça.
Até que um dia esse rapaz descobriu uma banda chamada Oasis. E mais tarde ouviu um álbum chamado "Definitely Maybe". E tudo mudou.
Ao ouvir temas como "Rock 'n' Roll Star", "Cigarettes & Alcohol" e "Live Forever", deu-se uma explosão na sua mente, que definiria aquela que seria a banda mais importante da sua adolescência.
De repente, tudo fazia sentido.
Como um pré-adolescente de classe média, a viver numa remota cidade do interior, o rapaz ouvia Liam cantar sobre tudo o que ele não conhecia, mas ficou com a certeza que queria conhecer.
Gajas, bubadeiras e Rock selvagem. Liam Gallagher falava de tudo aquilo que ele queria ouvir (na verdade era Noel que falava, mas pela voz do irmão).
E esse rapaz nunca mais teve medo.
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"Everyday, you get up in the morning, you should live your life like a fookin' rock n' roll star!"
Liam Gallagher
O impacto que "Definitely Maybe" teve no rapaz que serve de sujeito à história em cima foi bombástico. Não só na forma, como também no conteúdo.
(Acho que já posso revelar que esse rapaz é quem vos escreve)
Depois de ouvir e interiorizar o álbum de estreia dos Oasis, comprei todos os álbuns e os vídeos da banda (não eram muitos) e converti-me. Ouvia os álbuns, via e revia os concertos e os videoclips até à exaustão. Comecei a vestir-me como os irmãos Gallagher e a ostentar alguma (há quem diga que muita) da sua mania.
"In my mind my dreams are real"
Os últimos 2 posts representam as 2 primeiras partes da minha própria Trilogia da Glaciação. O último capítulo desta saga deveria sair agora, mas decidi, adequadamente, não a terminar. E decidi interrompê-la da mesma forma que fiz há mais de 15 anos: com "Definitely Maybe".
(Edit: se atendermos aos últimos 3 posts ("God"/"I Appear Missing"/"Love Is Blindness"), já temos aqui completa a Trilogia, nem era preciso mais nada)
Se há uma lição que se pode tirar de "Definitely Maybe" (e porque não, de toda a discografia dos Oasis) é que a nossa vida é o que fazemos dela; que andar aqui é do caralhão; que estar vivo é do caralhão. "These could be the best days of our lives", indeed.
Às vezes esquecemo-nos disso.
Ontem, como hoje, "Definitely Maybe" está aqui para nos recordar.
As ondas vão e vêm e a vida de quem vive com o coração hasteado num mastro (no pun intended) é uma árdua sinusoidal, cheia de altos e baixos. Mas chegar ao fim do dia e saber que tudo o que se fez, se fez com o coração, é condição suficiente para querer acordar no dia seguinte e fazer tudo de novo.
Porque estar cá é mesmo do caralhão.
(Edit: se atendermos aos últimos 3 posts ("God"/"I Appear Missing"/"Love Is Blindness"), já temos aqui completa a Trilogia, nem era preciso mais nada)
Se há uma lição que se pode tirar de "Definitely Maybe" (e porque não, de toda a discografia dos Oasis) é que a nossa vida é o que fazemos dela; que andar aqui é do caralhão; que estar vivo é do caralhão. "These could be the best days of our lives", indeed.
Às vezes esquecemo-nos disso.
Ontem, como hoje, "Definitely Maybe" está aqui para nos recordar.
As ondas vão e vêm e a vida de quem vive com o coração hasteado num mastro (no pun intended) é uma árdua sinusoidal, cheia de altos e baixos. Mas chegar ao fim do dia e saber que tudo o que se fez, se fez com o coração, é condição suficiente para querer acordar no dia seguinte e fazer tudo de novo.
Porque estar cá é mesmo do caralhão.
"I live my life for the stars that shine"
Obrigado Noel. Obrigado Liam. Obrigado Oasis.
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Já me esquecia: os Oasis anunciaram hoje que "Definitely Maybe" vai ser lançado em Maio em edição de luxo, daquelas que eu devoro como o Liam Gallagher bebe whisky (ou eu...). Mas mais sobre isso mais tarde...
"It's just rock n' roll!
It's just rock n' roll!
It's just rock n' roll!
It's just rock n' roll!
It's just rock n' roll..."
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