quinta-feira, 5 de julho de 2012

Pink Floyd - "Dogs"

«Pink Floyd de "Animals" a "The Wall" - Um muro ao fundo do túnel» (Parte 1)

Prólogo - ...ao fundo do túnel

O álbum "The Wall" já foi assunto aqui no blog quando Roger Waters trouxe a Lisboa a sua megalómana digressão "The Wall Live", em Março de 2011.
Entretanto, Waters levou esse conceito uns passos mais além, expandido o espectáculo para uma escala ainda maior e levando-o a estádios um pouco por toda a América do Sul e do Norte. A digressão tem sido um sucesso retumbante, dando-lhe a visibilidade que lhe escapava desde que deixou os Pink Floyd, em 1985. De tal forma que o histórico baixista dos Pink Floyd foi entrevistado pela CBS, no popular programa "60 Minutes".

A história que vos quero contar (hoje numa primeira parte, que terá continuação mais tarde) explica qual é a origem da ideia por trás do icónico álbum dos Pink Floyd, um dos mais vendidos da História da música.

Mas para perceber a origem de "The Wall", temos que recuar até "Animals", mais precisamente até à noite de 6 de Julho de 1977, a última noite da lendária "In The Flesh Tour" - a digressão de promoção ao álbum "Animals". Mas já lá vamos.
Antes disso, atentemos no álbum "Animals", lançado em 1977, possivelmente o conjunto de temas mais agressivo de todo o catálogo dos Pink Floyd.

Capítulo I - Uma faísca perigosamente incandescente

Na ressaca do mega-sucesso dos álbuns "The Dark Side Of The Moon" (também um dos álbuns mais vendidos de sempre, ainda mais que "The Wall", ficando nas tabelas dos EUA durante mais de 15 anos (!!) consecutivos (!!!)) e "Wish You Were Here", os Pink Floyd estavam, em 1976, no topo do Mundo. No entanto, a gravação do álbum seguinte seria tudo menos pacífica.

Nesta altura, os Pink Floyd já tinham alcançado tudo o que poderiam sonhar, como artistas e como estrelas Rock. Desde o sucesso, primeiro localmente como banda de culto e depois internacionalmente como banda de massas, passando pelas vendas monumentais, a aclamação por parte da crítica, a enorme legião de fãs, que enchia estádios em toda a Europa e toda a América, o hedonismo e, como é óbvio... muito, muito, MUITO... dinheiro. Depois de tudo isto, já não havia muito mais que fazer para uma banda como os Pink Floyd, que neste momento já era um monstro fora do controlo de qualquer dos seus membros. A estes, restava continuar com o espectáculo.

O problema é que as tensões dentro dos Pink Floyd já faziam faíscas perigosamente incandescentes. À cabeça destes atritos, estavam as 2 questões clássicas que se levantam, sempre que se cria um monstro de popularidade: poder e dinheiro.
O dinheiro, apesar dos lucros obscenos que a banda apresentava, já começava a ser um problema, uma vez que em 1976, os Pink Floyd decidiram investir em capitais de alto risco, os quais fizeram a banda perder milhões de libras.
Já o poder, esse tinha um nome: Roger Waters.
Foi nesta altura que Waters começou a ganhar cada vez maior proeminência na banda. O novo álbum "Animals" tinha 5 faixas e com a excepção de "Dogs" (escrita com David Gilmour), todas as faixas foram escritas por Roger Waters, sendo a primeira vez que Richard Wright não contribui com qualquer tema num álbum dos Pink Floyd. "Pigs on the Wing", um curto tema acústico, foi dividido em dois, de modo a abrir e fechar o álbum. Porém, como as royalties (dividendos por direitos de autor) eram distribuídas de acordo com o número de faixas e não com a duração das mesmas ("Dogs" ocupava o Lado 1 praticamente todo), Waters recebia muito mais dividendos que Gilmour. Poder e dinheiro, portanto.

Capítulo II - O Triunfo dos Porcos

""Animals" was a slog. It wasn't a fun record to make, but this was when Roger really started to believe that he was the sole writer for the band. He believed that it was only because of him that the band was still going, and obviously, when he started to develop his ego trips, the person he would have his conflicts with would be me."

Richard Wright

A verdade é que Roger Waters era, de facto, a grande força criativa da banda. Pelo menos no que concerne ao lado conceptual. Tal como tinha sucedido com "The Dark Side Of The Moon", também "Animals" nasceu de uma ideia de Roger Waters: fazer um álbum conceptual baseado na obra "Animal Farm" (em português: "O Triunfo dos Porcos") de George Orwell.
"Animal Farm" é uma fábula politico-social, onde as várias classes da sociedade são equiparadas a diferentes espécies de animais: os cães, como forças de combate (exército); os porcos, como forças dominantes, déspotas e cruéis (classe política); as ovelhas, como seguidores cegos e acéfalos das forças dominantes (o povo).
Na alutra do seu lançamento, o livro de Orwell serviu como uma crítica ao Comunismo (mais precisamente o Estalinismo, em vigor na URSS), mas Waters usa as mesmas alegorias para desconstruir a sociedade capitalista em que vivia. Ao comparar a condição humana à de meros animais de quinta, Waters pretendia pôr a nu a dissolução moral e social da sociedade de então.
Sendo o capitalismo e o comunismo duas doutrinas teoricamente antagónicas, não deixa de ser curioso que as mesmas metáforas encaixem que nem uma luva na crítica a qualquer uma delas.

"Animals" é um álbum duro, raivoso, revoltado. Um álbum que bebeu a sua inspiração da raiva e da revolta que os membros dos Pink Floyd sentiam na época, seja em relação à sociedade (Waters), seja uns pelos outros. Estes sentimentos estão bem patentes ao longo de todo o álbum, quer na lírica e na forma irada como Roger e David cantam, quer na música e na forma furiosa como os Pink Floyd a tocam.
Ouçam os solos de David Gilmour em "Dogs" e no final de "Sheep" e digam-me se ele não estava fod**** da vida quando os tocou em estúdio. David vivia um dos momentos mais inspirados da sua carreira e, neste caso, não importa se a sua inspiração veio do (eterno) conflito/rivalidade que mantinha com Roger Waters, ou do nascimento do seu 1º filho. O que importa é o que ouvimos e o que ouvimos é fabuloso. Se é recorrente ouvirmos que Gilmour faz a guitarra falar, em "Animals" a guitarra de Gilmour fala alto e... com palavrões.

"It's too late to lose the weight you used to need to throw around.
So have a good drown, as you go down, all alone, dragged down by the stone."



Para materializar o álbum conceptual baseado em "Animal Farm", os Pink Floyd pegaram em 2 temas de 1974, deixados de fora de "Wish You Were Here", e desenvolveram-nos para a temática do álbum. Os temas em questão são "Raving and Drooling" e "You Gotta Be Crazy", peças longas já conhecidas pelo público que assistiu a qualquer concerto da digressão de promoção a "Wish You Were Here". "Raving and Drooling" deu origem a "Sheep" e "You Gotta Be Crazy" foi rebaptizado e reformulado para "Dogs", a única composição de David Gilmour (conjuntamente com Roger Waters) em "Animals".
"Dogs" e "Sheep" foram separados por "Pigs (Three Different Ones)" - um tema novo de Roger Waters - e, como referi em cima, a curta peça acústica "Pigs On The Wing" abria e fechava o álbum. Estava assim feito mais um álbum "à Pink Floyd", com apenas 5 temas, sendo que as duas partes de "Pigs On The Wing" não chegavam a 2 minutos e meio.

O tema que aqui deixo hoje é "Dogs", um dos temas mais furiosos deste álbum. Aqui ouvimos a receita para a criação de um bom homem de negócios, um homem que triunfe num mundo de porcos. Para tal, este homem deve estar sempre de sobreaviso em relação aos colegas, ser obediente à chefia (qual cão amestrado), não ter amigos e estar sempre preparado para lhes "espetar a faca".

"You have to be trusted by the people that you lie to, so that when they turn their backs on you, you'll get the chance to put the knife in"

Capítulo III - Um porco a voar

Apesar de não ter sido comercialmente tão bem sucedido como os seus antecessores, o álbum "Animals" deixou uma marca iconográfica indelével na cultura Rock. E isso deve-se a Algie (o porco a voar), à Battersea Power Station em Londres e a uma fotografia sublime, que ficará para sempre como uma das melhores capas de um álbum na História do Rock.


Sombrio e intrigante. Fabuloso.
Lembro-me perfeitamente de, quando miúdo, olhar para a capa do vinyl do meu Pai e ficar assustado. Era uma mistura de sensações sui generis: por um lado, intrigado com o porco a voar junto às chaminés, por outro estarrecido com o poder sombrio desta imagem. Assustava-me, mas eu tinha que olhar. Uma atracção fatal.

A ideia do porco a voar sobre a Battersea Power Station foi também de Roger Waters. Nessa época, Roger passava pela estação regularmente e terá achado que aquela era uma imagem muito forte. E com razão.

"I’d always loved Battersea Power Station, just as a piece of architecture. And I thought it had some good symbolic connections with Pink Floyd as it was at that point:

A) It was a power station, that’s pretty obvious.
B) It had four legs. If you inverted it, it was like a table. And there were four bits to it, representing the four members of the band. But it was upside down, so it was like a tortoise on its back — not going anywhere, really.
I had already started thinking about using inflatables during a live show. Parachuting sheep and floating pigs and all of that. And so I thought why not combine the ideas for the live show with this symbol of a decaying rock group, and put them together? Added to all that, kind of simple stuff about pigs flying, the unlikely nature of that."

Roger Waters

Ainda mais forte, era a primeira ideia de Roger para a capa de "Animals": um rapaz a entrar no quarto dos seus pais, de urso de peluche na mão, apanhando-os a fazer sexo. Segundo Roger: "copulating, like animals!"
Felizmente para nós e para a banda, a ideia que vingou foi a do porco a voar sobre a estação.


O porco original, ao qual foi dado o nome de Algie, foi projectado por Waters e construído em Dezembro de 1976, com mais de 12 metros de comprimento. A ideia era fazer subir o porco a meia-altura das chaminés da estação, fotografar e fazê-lo descer. Para o caso do porco se soltar, os Pink Floyd contrataram um sniper para atirar sobre o insuflável e assim evitar que este voasse, literalmente, sobre os céus de Londres. Com tudo pronto, faltava apenas pôr a ideia em prática.
Porém, a tarefa não se revelou nada fácil. A sessão fotográfica prolongou-se ao longo de 3 penosos dias, em que tudo parecia correr mal.
No 1º dia, com o sniper preparado, e o céu ameaçador, o cenário foi fotografado, mas o porco não subiu.
No 2º dia, o porco subiu, mas uma rajada de vento forte soltou-o das chaminés e, por azar, tinham-se esquecido de avisar o sniper para regressar no 2º dia. Assim, o porco voo mesmo, desaparecendo no horizonte até se atravessar na rota aérea de alguns aviões que iam aterrar no Aeroporto de Heathrow, levando ao cancelamento de vários voos. O porco acabaria por aterrar numa quinta em Kent, a aproximadamente 100 km de distância de Battersea.
O porco foi assim recuperado e reparado para o 3º dia de sessão fotográfica, em que finalmente se conseguiu a tão desejada fotografia. No entanto, neste dia o céu estava azul, faltando-lhe a personalidade que tinha, por exemplo, no 1º dia.
Desta forma, a capa do álbum acabou por ser uma montagem do cenário do 1º dia, com o porco do 3º dia.

O céu escuro e ameaçador na capa de "Animals" reflecte aquilo que ouvimos no álbum. É um casamento perfeito entre a imagem e a música.

P.S.: O próximo post vai continuar a história de "Animals" e fazer a ligação à origem de "The Wall". O mote é uma frase do tema "Dogs", que podemos ouvir em cima:

"Who was trained not to spit in the fan"


Edit : Parte 2 aqui.

14 comentários:

  1. Como já te tinha dito anteriormente, os Pink Floyd são uma banda que me deixa curiosa e fico contente por ver mais um post teu sobre eles :)

    Os álbuns com que estou mais familiarizada são o Dark Side Of The Moon (quem não conhece? :P) e The Piper At The Gates Of Dawn. Depois conheço várias músicas soltas dos outros álbuns.

    Nem consigo imaginar o que será estar numa banda e ter uma pessoa que tem tanto de génio como de egomaníaco… Que feitiozinho tramado :P

    Ouçam os solos de David Gilmour em "Dogs" e no final de "Sheep" e digam-me se ele não estava fod**** da vida quando os tocou em estúdio. Ahaha, muito bom! :D (e sim, fui ouvir :P).
    No fundo todos aqueles desentendimentos entre eles fazem parte do legado da banda e serviram um propósito maior. Sem essas zangas e chatices possivelmente não seriam a banda de referência que são...

    A letra da “Dogs” tem o seu quê de assustador. É toda uma filosofia de vida oca e ao mesmo tempo carregada de desconfiança… (mas a ideia de pegar no livro como base do álbum é muito interessante).

    Que caricata essa história da capa do álbum lol Eu já tinha visto a capa várias vezes mas sou muito distraída e nunca tinha reparado no porco a voar :P

    Cá estarei para ler a continuação da história ;)

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    1. Pela minha vontade, a continuação da história já estaria "no ar", mas estes dias tem sido impossível sequer chegar perto do PC, primeiro devido ao trabalho e depois porque o meu PC em casa está prestes a dar o berro e faz um ruído tão distractivo, que me é impossível concentrar na escrita... :(
      Prometo que em breve termino a história! :)

      Quanto aos Pink Floyd... há tanto para dizer!! A primeira dificuldade que tenho a tentar escrever sobre eles é mesmo essa: a selecção do que abordar!
      O atrito entre o Roger Waters e o David Gilmour faz parte integrante da História dos Pink Floyd. Foi isso que alimentou a banda até um determinado ponto (com algumas excepções de temas pacíficos, como o "Shine On You Crazy Diamond" e o Wish You Were Here", por exemplo) e depois foi isso que a destruiu. Se te lembrares daquela entrevista do Roger Waters ao "60 minutos" que me indicaste, ele confessa qualquer coisa como "eu e o David nunca fomos muito próximos". Isto é, eles nunca foram "amigos" como eram, por exemplo, o David Gilmour e o Richard Wright. Eram sim, colegas de trabalho.
      Se pensarmos que eles passaram grande parte da sua vida adulta juntos dia-após-dia, durante meses, que depois foram anos, que depois foram mais de 10 anos, isto até é um pouco triste. Mas a verdade é como tu disseste e muito bem, "Sem essas zangas e chatices possivelmente não seriam a banda de referência que são".
      O resultado está à vista e é brilhante, eles conseguiram materializar (olha outra vez o verbo mágico da música ;-) ) aquela tensão toda em algo de maravilhoso: música. :)

      Ah, o "Piper"...
      "Pa Pum Te Tche Tche"
      http://www.youtube.com/watch?v=OQtKX314xBY

      ADORO!! :)

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    2. Só contratempos :( mas já sei que a espera vai valer a pena ;)

      Lembro-me bem dessa entrevista. Ele disse isso até de forma um bocado seca…
      Qualquer um de nós com emprego de comum mortal (lol) que não se dê bem com um colega de trabalho, é muito chata a obrigação de conviver durante X horas mas ao menos não andamos em tour uns com os outros :P nem temos de passar horas e horas em processo criativo para criar músicas, álbuns etc. Só me faz lembrar os trabalhos de grupo de escola e faculdade, ter de aguentar isso anos a fio com alguém com quem tivesse uma relação como a deles… não obrigada lol

      Gosto particularmente do apresentador nesse vídeo: “Why does it have to be so loud?!” com aquele ar de enjoado lol Sem falar nas críticas ao som deles… mal sabia ele.
      O Piper é todo um mundo de Lucy in the Sky with Diamonds (:P), gnomos, bicicletas e afins :D E é engraçado que a "Pow R. Toc H." teve inspiração numa música dos Beatles que por sinal se chama… “Lovely Rita” (eu gosto imenso da música mas claro que sou suspeita :D já a conheço há alguns anos mas só recentemente li sobre a ligação entre as duas).

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    3. Finalmente lá arranjei um furo e já tenho a 2º parte "no ar"! :)

      Tens toda a razão. As relações entre os membros de uma banda não devem ser nada fáceis e mantê-las a um nível saudável a longo prazo... Mais difícil ainda deve ser. Ou funciona na base da amizade pura, como por exemplo os U2, ou então do respeito mútuo (e tb um bocadinho de amizade, claro) como os Queen, ou os Stones. Quando estas fricções são uma constante, é uma questão de tempo até se levantar um chama que queime a banda.
      A comparação com os trabalhos da faculdade é muito bem tirada! :) Quando ficávamos com amigos, era sempre mais fácil distribuir tarefas e ligar as "sinergias" e mesmo assim, havia sempre aqueles que se colavam... Por outro lado, quando os grupos eram aleatórios, ou por ordem alfabética, os "colas" era inevitáveis e por aí já temos uma ideia de que manter um grupo de trabalho disfuncional a longo prazo é impossível...

      O ar enojado (mais até que "enjoado" :P ) do Hans Keller é mesmo priceless! Sem saber, ele estava a entrevistar uma banda que iria fazer História e até ser pioneira sonicamente, mas (como o próprio confessa) as suas origens mais clássicas impediam-no de olhar para uma banda Rock imparcialmente!

      Também adoro o "Sgt Pepper" dos The Beatles (embora não seja o meu preferido deles) e a influência desse álbum no "Piper" é bem evidente! Mas o mais engraçado é que o contrário (influência do "Piper" no "Sgt Pepper") também acontece! Na verdade, os álbuns foram gravados ao mesmo tempo e no mesmo estúdio (em Abbey Road, que depois daria o nome ao último álbum dos The Beatles) e nessa altura os The Beatles estavam a começar a fazer a sua incursão no movimento psicadélico do underground Londrino, exactamente de onde os Pink Floyd estavam a sair! :)
      Também gosto bastante do "Lovely Rita" e, já agora, do nome tb! :P

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    4. É mesmo interessante e engraçada esta ligação entre duas das maiores bandas de sempre. E o facto de se admirarem e influenciarem mutuamente :)

      Também gosto bastante do "Lovely Rita" e, já agora, do nome tb! :P ehehe, até conta mais porque tu és imparcial :P

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    5. Hehe não é bem assim! Na verdade eu até sou algo parcial, uma vez que já tive "História" com Ritas! ;)

      Eu gosto muito destes álbuns com onda mais psicadélica, feitos na sequência de umas óbvias ajudas mágicas à inspiração dos artistas! ;-)

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    6. Lol, só lovely Ritas :P

      Sim, já dizia o Bill Hicks: You see, I think drugs have done some good things for us. I really do. And if you don't believe drugs have done good things for us, do me a favor. Go home tonight. Take all your albums, all your tapes and all your CDs and burn them. 'Cause you know what, the musicians that made all that great music that's enhanced your lives throughout the years were rrrrreal fucking high on drugs.

      http://www.youtube.com/watch?v=J10w3FuCwfQ :P

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    7. Hahaha o que eu me ri com essa do Bill Hicks!! :P
      btw, totalmente de acordo!! ;)

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    8. “If it’s a choice between eternal hell and good tunes.. or eternal heaven and New Kids on The Fucking Block… Im gonna be surfing on the lake of fire rocking out.”

      http://www.youtube.com/watch?v=GVCZ19-E_XU :)

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    9. Ahaha, ele era demais! :D e sim também concordo em absoluto (com esse vídeo que puseste e com a questão das drogas).

      Se não fosse o LSD (e outras), não teríamos tanta mas tanta música (e não só) que é assustador pensar nisso lol
      Há uma música dos Tool (não te assustes, desta vez não abuso MESMO :P) que numa das versões ao vivo começa com uma citação do Timothy Leary (ao que parece não é original dele mas foi quem a popularizou), um dos maiores defensores das potencialidades do LSD: http://www.youtube.com/watch?v=UIsXZVhvvGs

      Essa música está toda ela relacionada com a liberdade de pensamento e aquele estado superior de consciência que se consegue atingir com este tipo de drogas... Dito isto: não, nunca experimentei (lol) mas sou da opinião que cada um (adulto e com consciência das suas decisões) sabe de si. O Syd Barrett iria aprovar :P mas ele também exagerou...

      Agora um facto que tem o seu quê de curioso (e também só demonstra a minha geekice): o Timothy Leary tinha ligações pessoais e profissionais muito fortes com um tal de Ram Dass, cujo nome dado à nascença foi... Richard Alpert :P quando descobri isso fiquei a gostar ainda mais do Lost :D

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    10. Eu tenho a mesma opinião que tu. Também nunca experimentei as "potencialidades" dessas drogas mas, como tu, acho que como adultos, cada um sabe de si. Subscrevo inteiramente. Até porque os efeitos (positivos e negativos) das drogas estão hoje perfeitamente documentados.
      O Syd Barrett é o caso típico do que não se pode fazer... Todos os Floyds davam bem no "produto", mas ele exagerou e todos os outros viveram bem até à velhice (tirando os gnomos que ocasionalmente deviam aparecer ao Roger enquanto estava a lavar a loiça :P), sempre a trabalhar, mas o cérebro do Syd "fritou"... Entretanto, ainda foi a tempo de nos deixar uns gatos siameses, umas viagens no espaço e uns reinos do fantástico para nós nos entretermos. :)

      Hehe não te preocupes, eu também me identificoe muito bem com essa geekice! ;-) Aliás, pensando no assunto, todo este blog é um tremendo exercício de geekice!! :P

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    11. Lolol, que bela imagem essa do Roger em amena cavaqueira com gnomos ;D

      Realmente é verdade ehehe e é caricato porque só comprova a geekice de cada um (a tua que aqui escreves e a minha que venho cá sempre ler :PP)

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  2. Sendo os Pink Floyd a minha banda favorita achei tanto este, como os restantes posts sobre eles, bastante interessantes. Aguardo por mais :D

    Parabéns pelo excelente blog que aqui está!

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    1. Filipe, a 2ª parte já está online, espero que aches igualmente interessante!
      Muito obrigado pelas palavras e volta sempre! Os Floyd são também uma das minhas bandas preferidas, por isso ciclicamente vão ser sujeitos a mais um post. :)

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